Candinho
Candinho
Candinho é um dos maiores sucessos da carreira do nosso querido Amácio Mazzaropi. Neste sucesso de 1954, que foi dirigido por Abílio Pereira de Almeida e teve o roteiro baseado no conto Cândido, ou O Otimismo, de Voltaire, cuja citação "Tudo que acontece é para o melhor nesse melhor dos mundos" é mostrada nos letreiros iniciais. Mazzaropi faz aqui, pela primeira vez no cinema, o tipo que imortalizaria - um doce e ingênuo caipira chamado Candinho.
Um dos destaques da obra é a participação de Adoniran Barbosa no elenco. Adoniran, além de ator e comediante, era respeitado compositor de sucessos como “Saudosa Maloca” e “Trem das Onze”. No filme ele interpreta o professor Pancrácio e contracena com Mazzaropi.
Nosso herói se apaixona pela irmã de criação Filoca e se vê obrigado a abandonar a fazenda onde foi criado indo parar na cidade grande. Imagine as confusões em que ele se mete, um caipira na cidade grande! Mas o que Candinho quer mesmo é encontrar sua verdadeira mãe e nesta busca, viverá fortes emoções, fará amigos e irá de volta para sua terra em busca de um tesouro.
- Sinopse
A história começa em 1926, na antiga fazenda "Dom Pedro II" situada em Piracema (Minas Gerais). Como o Moisés bíblico, Candinho foi encontrado nas águas, só que nas águas sujas de um riacho. Ao seu lado estava um jumentinho, chamado Policarpo, e trazia um medalhão no pescoço, sinal de origem rica. Candinho foi acolhido pelo coronel proprietário da fazenda, o monarquista Quinzinho, pois ele não tinha filhos. Três anos depois, contudo, o coronel foi pai de um casal de gêmeos e Candinho acabou sendo relegado aos serviços humildes da fazenda e ficou morando no casebre da serviçal Manuela. Vinte anos depois, ele conhece o professor Pancrácio, hóspede do coronel, que lhe ensina sua filosofia de vida "tudo que acontece é para melhorar a vida da gente", a qual ele sempre repete como um ditado.
Candinho teve um namorico com a filha do coronel, Filoca, e acaba expulso da fazenda. É colocado num trem e chega em São Paulo, iniciando uma busca incansável pela sua mãe. Ele fica amigo do fugitivo Pirulito e reencontra o professor. A grande Babel assusta os dois caipiras. Candinho também volta a ver Filoca, que fugiu da fazenda e agora é uma taxi-girl.
- Elenco
Amácio Mazzaropi.... Candinho
Marisa Prado.... Filoca
Ruth de Souza.... Dª Manuela
Adoniran Barbosa.... Professor Pancrácio
Benedito Corsi.... Pirulito
Xandó Batista.... Vicente
Domingos Terras.... Coronel Quinzinho
Nieta Junqueira.... Dª Eponina
Labiby Madi.... Dona Hermione
Ayres Campos.... Delegado
Sydnea Rossi.... Dª Antonieta
John Herbert.... Quincas
Salvador Daki.... Lalau
Manoel Pinto
Abílio Pereira de Almeida
Pedro Petersen
Luiz Calderaro
Nélson Camargo
Antônio Fragoso
Tito Lívio Baccarin
Maria Luiza Splendore
Eugênio Montesano
Lourenço Ferreira
Jordano Martinelli
Duque .... cão
Artur Herculano
Figurinha .... monociclo e malabares
Antônio Miro
Cavagnole Neto
Izabel Santos
China
Maria Olenewa Ballet
- Canções
“O galo garnisé”, de A. Almeida e L. Gonzaga; “Não me diga adeus”, de F. da Silva Correa e Luiz da Silva; “Ave Maria do morro”, de Herivelto Martins; “Vida Nova”, de Borba S. Rubens; “É bom parar”, de Rubens Soares (copyright I. Vitali), “O orvalho vem caindo”, de Noel Rosa & Kid Pepe, “Mamãe eu quero”, de Vicente Paiva e e Jararaca (copyright Mangione); “A saudade mata a gente”, de Antonio de Almeida e João de Barros; “IV Centenário”, de Mário Zan e J. M. Alves (copyright U-B-C-); “O que ouro não arruma”, de Mário Vieira; “Meu Policarpo”, de Mara Lux e Reinaldo Santos.
- Ficha Técnica
Cia Produtora: Companhia Cinematográfica Vera Cruz
Distribuição: Columbia Pictures
Direção: Abílio Pereira de Almeida
Assistente: Cesar Mêmolo Jr. e Léo Godoy
Argumento: Abílio Pereira de Almeida
Roteiro: Abílio Pereira de Almeida
Diretor de Fotografia: Edgar Brazil
Operador de Câmera: Jack Mills
Assistente de Câmera: Jaime Pacini
Supervisor de Produção: Vittorio Cusane
Diretor de Produção: Cid Leite da Silva
Assistente de Produção: Rigoberto Plothow
Engenheiro de Som: Erik Rasmussen
Assistente: João Ruch Filho
Técnico de Gravação: Ernest Hack
Montagem: Mauro Alice
Assistente de Montagem: Katsuichi Inaoka
Chefe Eletricista: Hector Femenia Santa Maria
Contra-Regra: Fernão J. Lomea
Cenografia: Antônio Gomide
Assistente de Cenografia: Abigail Costa Belloni
Construções: José Dreos
Maquilagem: Jerry Fletcher
Músicas e Arranjos: Gabriel Migliori
Continuidade: Yolanda Menezes
Estúdio de Filmagem: Cia Cinematográfica Vera Cruz (São Bernardo do Campo)
Laboratório de Imagem: Rex Filme
Sistema cor: b x p
Sistema Sonoro: R. C. A.
Metragem: 2.261 m, filmado em 35 mm, em 24 q
Local de Produção: São Paulo, SP
Ano de Produção: 1953
Lançamento: 25/01/1954, cine Art Palácio e circuito 25 salas, SP
- Curiosidades
Pela primeira vez, Mazzaropi assume o papel de caipira, que posteriormente seria sua marca registrada.
Foi o terceiro e último filme de Mazzaropi na Vera Cruz e a distribuição foi da Columbia Pictures.
O filme foi lançado em 25 de janeiro de 1954, no cine Art Palácio e circuito de 25 salas, em São Paulo.
- Vídeos:
- Mazzaropi canta "Meu Policarpo"