quinta-feira, maio 05, 2016

CRIME: Acusado de matar Yorkshire com um chute no Rio Grande do Sul diz: "Não encostei nele"

Acusado de matar Yorkshire com um chute no Rio Grande do Sul diz: "Não encostei nele"


A morte brutal do pequenino Theo, cãozinho da raça Yorkshire de 11 anos, do Rio Grande do Sul, ganhou novo capítulo em menos de uma semana do ocorrido. 

A equipe do jornal local Diário Gaúcho ouviu o suspeito do ato cruel, João Gilberto Lima dos Santos, 52 anos, empresário e dono do estabelecimento Casulo Guarda Móveis. A dona do cãozinho diz que João chutou-o após Theo ter feito xixi na calçada em frente ao escritório de Jorge e logo depois ela o levou ao veterinário às pressas, mas o animal não resistiu a cirurgia e acabou falecendo. 

Jorge já é suspeito de agredir junto com os dois filhos 12 funcionários e o vereador Rodrigo Maroni (PR) que é conhecido por apoiar o direito dos animais, tanto que Rodrigo chergou a prestar queixa na 3ª Delegacia de Polícia na manhã da última segunda-feira (02). 

Na mesma tarde o empresário da Casulo Guarda Móveis concedeu uma entrevista pelo telefone para o Diário Gaúcho. Confira a versão dele para o ocorrido: 

O que aconteceu na quinta-feira passada, quando o cachorro yorkshire fez xixi na calçada em frente ao teu estabelecimento?Naquele dia, perto das 20h, eu estava no escritório e a minha vizinha passou em frente com o cão dela. Pelas câmeras, eu vi que ele fez xixi na porta do meu escritório. Saí para fora e chamei a atenção dela.

Então ele não fez xixi na calçada?Não. Foi bem na porta do meu escritório.

E depois de chamar a atenção dela, o senhor chutou o cachorro?Não. Nunca encostei nele. Ela estava com o cachorro na coleira, como poderia ter chutado ele?

Mas a dona do cão afirma que o senhor chutou o cachorro bem alto. A veterinária diagnosticou hemorragia interna e traumatismo craniano, além de ossos quebrados lesões no fígado e no baço. Como aconteceu isso, então?Não sei como aconteceu. Mas eu não encostei nele. Ele já era um cachorro velho, tinha 11 anos. Dava para perceber que ele já andava com certa dificuldade. E foi isso que aconteceu.

Então o senhor não chutou o cachorro?Se eu fiz ou se eu não fiz é uma questão que eu tenho que acertar na Justiça. Existe lei para isso. Ninguém tem nada a ver com a história. Se eu for condenado ou absolvido, é um problema meu com a Justiça.

Sobre a manifestação de domingo, o que o senhor achou?Colaram cartazes no meu escritório e ficaram lá na frente protestando. Até aí tudo bem. Por mim sem problemas fazerem isso, desde que não me afete diretamente.

O vereador Rodrigo Maroni (PR) disse que foi até o local da manifestação, nesta segunda-feira, para conversar com vizinhos sobre o episódio. Segundo ele, quando chegou lá, foi agredido pelo senhor, seus dois filhos e alguns funcionários do seu estabelecimento. O que aconteceu?Esse vereador foi no apartamento do meu filho no dia da manifestação para tentar falar comigo. Nós chamamos a Brigada Militar para impedir que ele entrasse no prédio. Estava incomodando o meu filho.

Mas vocês agrediram o vereador na segunda, quando ele voltou ao local?Ele foi no meu depósito, onde eu estava com meus filhos e funcionários. O meu filho foi tirar satisfações com o vereador, perguntando porque ele foi até o seu apartamento.

O vereador estava sozinho quando vocês conversaram?Não. Ele chegou no local com mais três pessoas, uma mulher e dois homens. Disse que um era chefe de gabinete, ela era assessora e o outro homem seria da polícia.

Mas as agressões por parte de vocês aconteceram ou não?Em momento algum ele foi agredido. No meu depósito tem câmeras que podem comprovar que ele não sofreu agressão. 

Jorge chegou a marcar logo em seguida uma reportagem para conversar pessoalmente na manhã de terça-feira (03), mas não aparece no horário e local combinados e também não atendeu as ligações.

Fonte: Diário Gaúcho