Os Jogos Rio 2016 "começaram". Chama olímpica chega ao Brasil e começa o revezamento
Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016 "começaram". Às 7h25 da manhã desta terça-feira, 03/05, o avião da empresa Latam, de procedência Suíça, desembarcou em solo brasileiro trazendo o "sonho" de todos os brasileiros, a chama olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro.
Avião que transportou a tocha olímpica foi escoltado por dois caças da Aeronáutica |
A aeronave entrou no espaço aéreo brasileiro às 7h10 da manhã escoltado por aviões da Força Aérea Brasileira e aterrissou 15 minutos depois. Na cabine do piloto havia uma bandeira brasileira. A chama desceu do avião nas mãos de Carlos Arthur Nuzman, presidente dos Comitês Olímpico Brasileiro e do Rio 2016.
Avião trazendo a tocha olímpica chega ao Brasil |
O ponto de partida da chama foi a Base Aérea de Brasília, capital federal, de onde seguiu até o Palácio do Planalto ao encontro da presidente Dilma Rousseff que deu início ao revezamento acendendo a tocha da bicampeã olímpica de vôlei feminino Fabiana Claudino, a primeira a conduzi-la em solo nacional.
Dilma Rousseff posa ao lado de Fabiana Claudino e Carlos Arthur Nuzman após acender a tocha olímpica |
Cada condutor percorrerá uma distância de 200 metros e assim vai se dando o revezamento. Fabiana Claudino por sua vez, passou a chama dos Jogos para Artur Ávila Cordeiro de Melo que foi o primeiro pesquisador brasileiro e latino-americano a receber a Medalha Fields que é considerada o Nobel da Matemática.
De Artur a tocha seguiu nas mãos de Gabriel Hardy, uma promessa do karatê brasileiro. O próximo foi Ângelo Assunção, ginasta brasileiro esperança de medalha nos Jogos Rio 2016.
O ginasta Ângelo Assumpção foi um dos atletas escolhidos para carregar a tocha olímpica |
A quinta personalidade a conduzir a tocha neste primeiro dia de revezamento foi a Drª. Aurilene Vieira de Brito, diretora da Escola Estadual Augustinho Brandão, localizada em Cocal dos Alves (PI).
A jovem síria Hanan Khaled Daqqah, que chegou ao Brasil em 2015 após viver por dois anos em um campo de refugiados na Jordânia, carregou a tocha olímpica |
Aurilene passou a responsabilidade de condução da tocha para a refugiada síria Hanan Khaled Daqqah que em breve ganhará um irmão brasileiro. Em seguida foi a vez da pugilista baiana Adriana Araújo ter a honra de conduzir a tocha, ela que foi a única brasileira medalhista olímpica no boxe, em Londres 2012.
Adriana passou a vez para nada mais, nada menos, do que o campeão mundial de surfe em 2014, Gabriel Medina.
A nona celebridade na condução da tocha foi a campeã olímpica com a seleção feminina de vôlei em Pequim 2008, Paula Pequeno. Ela foi até a catedral de Brasília onde passou o revezamento para o maior protagonista brasileira da história dos Jogos Olímpicos da Era Moderna: o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que liderava a maratona olímpica no último dia dos Jogos de Atenas 2004 quando foi retirado da prova por alguns segundos por um manifestante religioso e que quando voltou, cruzou a linha de chegada ainda a tempo de conquistar o bronze.
Vanderlei Cordeiro de Lima |
Tempos depois, por essa demonstração de espírito olímpico e desportividade, Vanderlei foi condecorado com a medalha barão Pierre de Coubertin, sendo o primeiro latino-americano a recebê-la.
Ao todo serão 12 mil condutores em 95 dias de revezamento, até chegar ao Estádio do Maracanã em 05/08/2016 para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro
- Confira o trajeto da tocha olímpica pelo Brasil a partir desta terça-feira, 03/05:
Fontes: Terra - Esportes, UOL Olimpíadas e Governo de Valença