Roma pede 1,9 bilhões a empresas e cidadãos para salvar monumentos históricos
Roma, a capital italiana, está pedindo para suas empresas e seus cidadão o valor em torno de 500 mil euros (o equivalente a R$ 1,97 bilhão) de modo a financiar a reforma de centenas de seus monumentos históricos emblemáticos, evitando que os mesmos caiam em ruínas.
Porém o país está com uma dívida que anda na casa dos 12 bilhões de euros e sem fundos para cuidar melhor de seu legado. Então, as autoridades lançaram nesta última terça-feira, dia 24, a campanha"100 propostas para patronos". Com isso, a prefeitura espera que patrocinadores - incluindo cidadãos comuns - adotem a iniciativa do restauro e manutenção destes monumentos.
"Ajudem-nos para que Roma continue sendo uma referência de beleza no
mundo e fazendo com que se fale dela", pediu, em conversa com a
imprensa, Francesco Paolo Tronca, prefeito interino de Roma (novas eleições estão previstas para o mês que vem, junho).
Este modelo de ajuda segue projetos como o da Fendi, a qual bancou reformas que devolveram o esplendor de muitas fontes famosas após estragos e poluição dos pombos. Tem também a de Bulgari que patrocina o restauro da escadaria espanhola no coração do bairro de compras mais chique da cidade.
O Azerbaijão passou pela mesma situação ao reformar parte do museu Campidoglio.
A prefeitura de Roma quer que mecenas do século 21 ajude a manter com reformas estruturais e reparos superficiais outros pontos da cidade como: fontes próximas ao Panteão, na praça Navona e no parque Villa Borghese,
as termas e o fórum de Trajano, a escadaria do prédio da prefeitura, o
Ludus Magnus (que foi a principal escola de gladiadores, próxima ao
Coliseu) e a zona sacra do largo di Torre Argentina.
O que tiver de patrocínio poderá ajudar a reabrir monumentos como o mausoléu de Augusto, que se encontra a muito tempo fechado.
Só que para a agência AFP já informou que Tronca diz que o desafio maior será convencer os moradores a contribuir financeiramente com as reformas já que a prefeitura está envolvida em um escândalo de corrupção generalizada na administração da cidade.
Fonte: Folha de São Paulo