Rio 2016 aposta em cardápio saudável e saboroso, com 40 tipos de frutas à disposição dos atletas
Acerola, cupuaçu, jabuticaba, graviola... "Queremos oferecer um cardápio rico e variado", diz Flávia Albuquerque, coordenadora da área de alimentos e bebidas da Vila dos Atletas
Usain Bolt devorou mil nuggets de frango em Pequim 2008. Michael Phelps se empanturrou com macarrão, pizza e pão com ovo em Londres 2012. Pois isso é passado. Os Jogos Rio 2016 apostam em uma opção bem mais saudável para alimentar os atletas: frutas. Uma enorme variedade delas, a maior que já se viu na história Olímpica, estará à disposição dos competidores na Vila Olímpica e Paralímpica.
O restaurante da Vila dos Atletas - o maior refeitório temporário do mundo - terá 40 tipos de frutas, algumas delas desconhecidas até mesmo de alguns brasileiros.
"Queremos oferecer um cardápio rico e variado", diz Flávia Albuquerque, coordenadora da área de alimentos e bebidas da Vila. "Que outro país poderia oferecer tantas frutas?".
- Acerola
(Foto: Wikimedia Commons)
O suco de acerola é muito popular no Rio de Janeiro. Eventualmente é misturado ao mundialmente conhecido suco de laranja para formar uma deliciosa bomba de vitamina C. A acerola tem mais de 100 vezes a quantidade de vitamina C da laranja, com poderosas propriedades anti-cancerígenas.
- Cupuaçu
(Foto: Wikimedia Commons)
A fruta, de origem Amazônica, é muito rica em proteína, cálcio, fósforo e vitaminas A, B1, B2 e C. Com suas propriedades, ajuda a proteger o organismo de doenças degenerativas, de diabetes, hipertensão e câncer.
Carambola
(Foto: Wikimedia Commons)
Além de vitaminas das famílias A, B e C e de ácido fólico, a carambola é rica em minerais, como cálcio, magnésio, potássio, zinco, cobre, fósforo e ferro. Tem potencial antioxidantes, que ajuda a retardar o envelhecimento, e sua alta carga de potássio ajuda no funcionamento do sistema circulatório. Pessoas com insuficiência renal são aconselhadas a não comer esta fruta.
- Siriguela
(Foto: Wikimedia Commons)
A siriguela, da família do caju, é muito comum no nordeste do Brasil. Tem elementos antioxidantes e é rica em fibras, carboidratos e nutrientes como cálcio, fósforo, potássio e vitaminas B1 e C.
- Jabuticaba
(Foo: Wikimedia Commons)
Um detox natural, a jabuticaba tem potencial anti-inflamatório e é muito indicada para quem sofre de asma. Rica em antioxidantes e anticancerígenos, ajuda a retardar a aparência de envelhecimento.
- Graviola
(Foto: Wikimedia Commons)
Com aparência semelhante à do abacate, pode ser usada na culinária, para fazer molhos. Traz benefícios ao sistema imunológico, ajuda a regular o intestino, aumenta a energia e previne doenças cardíacas e a osteoporose.
Atemoia
(Foto: Wikimedia Commons)
Típica das regiões dos trópicos, a atemoia é rica em nutrientes como cálcio, ferro, potássio e vitaminas B1, B2 e C. Fonte de carboidratos, é uma boa opção para recuperar a energia dos atletas, além de ajudar no sistema digestivo.
- Açaí
(Foto: Wikimedia Commons)
O açaí é muito popular no Rio, mas vem da região amazônica. Sua versão batida, normalmente adoçada e congelada, pode ser encontrada em qualquer esquina de Copacabana e Ipanema. Poderosa fonte de energia, o açaí é também utilizado em drinks e sucos.
O mundo em miniatura
A Vila dos Atletas recebe os primeiros moradores no dia 24 de julho. O complexo de 31 prédios e 3.604 apartamentos é casa de 17 mil atletas e membros das delegações nacionais de mais de 200 países durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
A Vila vai abrigar 17 mil pessoas entre agosto e setembro (Foto: Rio 2016/Alex Ferro)
O número de refeições servidas diariamente varia entre 45 mil e 60 mil. Há culinária de todos os tipos e regiões, como asiática, italiana, halal e kosher, além de, claro, o melhor da comida brasileira. "Acredito que os atletas vão adorar e ficar satisfeitos", diz Flávia. "A comida brasileira é perfeita para atender às demandas de um atleta."
Um time de 60 nutricionistas responde as dúvidas básicas sobre as refeições em inglês, francês e português. Já as informações específicas ficam a cargo dos membros das delegações: "Para conhecer a carência nutricional de cada atleta é preciso estudá-lo e conhecer seus hábitos e rotina. Leva pelo menos um mês para entender os efeitos da alimentação no organismo de uma pessoa", explica Flávia.