Sesc São Carlos homenageia o caipira Mazzaropi com mostra de filmes
Mazzaropi em cena do filme "Um Caipira em Bariloche"
O Sesc São Carlos iniciou no último domingo (19) a “Mostra Mazzaropi”, que durante o mês de fevereiro exibirá comédias estreladas pelo caipira mais famoso do Brasil. O ciclo em homenagem ao ator e diretor Amácio Mazzaropi teve início com as comédias "Jeca Tatu" e "Casinha Pequenina", e irá até a próxima terça dia 28.
O programa selecionou grandes sucessos do cinema de Mazzaropi que abordam questões como o êxodo rural, a imigração e preconceitos de classe com o toque especial de humor do personagem. São eles: "Casinha Pequenina" (1963), "Jéca Tatu" (1959), "Meu Japão Brasileiro" (1965), "O grande xerife" (1972), "Um Caipira em Bariloche" (1973) e "A Banda das Velhas Virgens" (1972).
Mazzaropi
Em 1912, a portuguesa Clara Ferreira deu à luz, na capital paulista, a Amácio Mazzaropi, filho do imigrante italiano Bernardo Mazzaropi. Mas foi em Taubaté (SP), no Vale do Paraíba – para onde o futuro ator, produtor e diretor se mudou ainda bebê – que se criaram as raízes que influenciariam toda sua obra.
Viajando pelo interior do país, Mazzaropi teve a ideia de fazer o papel de caipira. Então, em 1932, estreia na “Troupe Carrara” e, dois anos depois, o caipira já se tornaria líder da “Troupe Mazzaropi”, da qual fizeram parte seus pais, persuadidos a desistirem da resistência à carreira artística do filho e tornarem-se atores.
Em 1958, foi fundada a PAM (Produções Amácio Mazzaropi), empresa pela qual produziria e distribuiria mais de 20 filmes, incluindo seus grandes sucessos de bilheteria “Jeca Tatu”, “O Corinthiano” e “Tristeza do Jeca”. Em 1974, em Taubaté, foi construído um suntuoso complexo cinematográfico chamado Hotel Studio PAM Filmes.
Antes de concluir seu 33º filme, Mazzaropi faleceu vitimado por um câncer, em 1981. Depois de 11 anos, em 1992, o Hotel Studio foi transformado no Museu Mazzaropi como forma de manter o legado e história de um dos mais importantes artistas brasileiros.
Confira a programação completa dos filmes:
- Meu Japão brasileiro
Brasil. DVD. Cor. 1965. Direção: Glauco M. Laurelli. Duração: 105 min. Comédia.
Numa comunidade japonesa no Brasil, Fofuca, um modesto agricultor e dono de uma pensão em conjunto com sua mulher, Magnólia, precisará enfrentar o delegado Leão, um poderoso intermediário que insiste em explorar os agricultores da região comercialmente, criando novas formas para vender a produção de arroz das roças.
Dia 25, sábado, às 17h.
Teatro. GRÁTIS. Retirada de ingressos com 1h de antecedência. 12 anos
269 lugares
- O Grande Xerife
Brasil. DVD. Cor. 1972. Direção: Pio Zamoner. Duração: 95 min. Comédia.
O carteiro de uma cidadezinha do Oeste se envolve com uma quadrilha durante um assalto. O grupo mata o delegado e, por troça, nomeia o carteiro xerife.
Dia 26, domingo, às 17h.
Teatro. GRÁTIS. Retirada de ingressos com 1h de antecedência. 12 anos
269 lugares
- Um Caipira em Bariloche
Brasil. Argentina. DVD. Cor. 1973. Direção: Amácio Mazzaropi e Pio Zamoner. Duração: 100 min. Comédia.
Por meio de um ardil, Polidoro é levado a viajar para Bariloche em companhia de Nora, enquanto sua fazenda é vendida a terceiros através de um negócio ilícito.
Dia 27, segunda, às 17h.
Teatro. GRÁTIS. Retirada de ingressos com 1h de antecedência. 12 anos
269 lugares
- A Banda das Velhas Virgens
Brasil. DVD. Cor. 1979. Direção: Amácio Mazzaropi e Pio Zamoner. Duração: 100 min. Comédia.
O Caboclo Gostoso é o maestro de uma banda feminina formada unicamente por mulheres idosas e beatas. Orgulho da pequena cidade, a banda é mantida pelos donativos recolhidos pela igreja. Porém Gostoso se mete em confusões após encontrar um pequeno saco com joias.
Dia 28, terça, às 17h.
Teatro. GRÁTIS. Retirada de ingressos com 1h de antecedência. 12 anos
269 lugares