sábado, agosto 10, 2024

Futebol feminino do Brasil encerra campanha histórica em Paris com prata no futebol feminino

Futebol feminino do Brasil encerra campanha histórica em Paris 2024 com prata no futebol feminino

Não faltaram dedicação e suor. Nos Jogos Olímpicos das mulheres, as do futebol feminino defenderam com garra a oportunidade construída. Após duas vitórias heroicas no mata-mata, o grupo repetiu neste sábado, no Parque dos Príncipes, o melhor resultado da história do nosso futebol feminino. Dezesseis anos depois da última final, novamente conquistamos a prata, a 19ª medalha do Brasil em Paris 2024.

A medalha foi forjada numa classificação dura na fase de grupos, seguida por triunfos maiúsculos sobre a França, nas quartas-de-final, e sobre a atual campeã mundial Espanha, com direito a goleada nas semifinais. Na decisão, melhor para os Estados Unidos, agora pentacampeões olímpicos, por 1 a 0, gol de Mallory Swanson.

Agora o Brasil soma 10 medalhas no futebol olímpico. Além da prata desta edição, as mulheres foram vice-campeãs em Atenas 2004 e Pequim 2008. O masculino, que não se classificou para estes Jogos, soma sete, sendo campeão na Rio 2016 e em Tóquio 2020.

Brasil tem as melhores chances do 1º tempo

O Brasil começou com a mesma postura que apresentou diante da Espanha, pressionando a saída de bola americana. A primeira finalização, após uma roubada de bola, veio dos pés de Ludmilla. Os Estados Unidos não se encolheram e também passearam pela nossa área com perigo. Aos 15, Ludmilla invadiu a área em jogada individual e marcou, mas o lance foi corretamente anulado por impedimento.

As americanas tentaram surpreender com transições rápidas e encontraram espaço na nossa defesa. Em duas cobranças de escanteio tentaram cobranças direto para o gol na esperança de o sol ofuscar a visão de Lorena. Do lado brasileiro, as oportunidades foram empilhadas.

Houve queixa de pênalti, jogadas por ambos os lados e boas construções coletivas. Por duas vezes Ludmilla triscou de cabeça e quase marcou. Nos acréscimos, Gabi Portilho obrigou Naeher se esticar toda para manter o placar zerado. Foram várias bolas cruzando a área americana. Faltava alguém empurrar para o gol.

Contra-ataque fulminante adia sonho do ouro

Na volta do intervalo, o jogo recomeçou truncado, e Yaya precisou ser substituída por Ana Vitoria. Aos 11 minutos, após passe errado de Lauren, um banho de água fria. Em contra-ataque fulminante, no limite do impedimento, Mallory Swanson invadiu a área e abrir o placar para os Estados Unidos.

Arthur Elias colocou em campo Angelina, Priscila e Marta nas vagas de Duda Sampaio, Ludmilla e Jheniffer. Os EUA cresceram em espaços que se abriram no meio e pressionaram a meta brasileira.

Após a pausa para a hidratação o Brasil ensaiou uma postura mais ofensiva, mas Lorena foi a goleira que seguiu trabalhando mais. Arthur Elias fez a última substituição com Rafaella no lugar de Lauren. Marta teve chance na bola parada, mas a oportunidade mais perigosa, uma cabeçada de Adriana, parou na boa defesa de Naeher. A seleção acreditou, lutou, mas o placar permaneceu igual. Ainda assim, o pódio era motivo de muito orgulho. Dezesseis anos depois, a seleção feminina de futebol retornou ao pódio olímpico.

Foto: @photos.lulu | Luiza Moraes/COB