Ginástica Artística Feminina realiza primeiro Estágio de Treinamento do novo ciclo olímpico
Início de ano, início de ciclo olímpico. Desde o dia 2 de fevereiro, a Confederação Brasileira de Ginástica está realizando um dos mais importantes Estágios de Treinamento do quadriênio que se inicia, e que tem como objetivo primordial a preparação até os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028.
Francisco Porath Neto, Coordenador de Ginástica Artística Feminina da CBG, explica a importância dessa atividade, que se desenvolve, como de praxe, no Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro. O Estágio reúne mais de 20 ginastas das categorias juvenil e adulta e oito treinadores. E Porath destaca primeiro a importância da presença desses profissionais. “A gente faz um grande investimento na figura do treinador, que consideramos aqui como um grande multiplicador. É ele que vai disseminar, em seu clube, os conhecimentos que estão sendo transmitidos no Rio. É essa a base para que continuemos formando nos clubes as atletas das próximas gerações e aprimorando esse trabalho”.
Mais do que nunca, a comissão técnica da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina está atenta o mais que puder. “Esse Estágio está nos dando muitas informações. Estão sendo realizadas avaliações fisioterápicas, físicas, médicas, técnicas. Quando pensamos na Seleção Adulta, temos que saber quais atletas estarão em condições para participar, daqui a oito semanas, do Grand Prix de Jesolo”, diz o profissional, referindo-se à cidade da região metropolitana de Veneza, no nordeste da Itália. “Jesolo é um evento do qual gostamos muito”, adianta Porath. Inclusive, brasileiras no pódio formam uma imagem comum no Palazzo del Turismo, onde são disputadas as competições por lá. Ao todo, o Brasil figura, com cinco medalhas de ouro, nove de prata e três de bronze, em quarto lugar no quadro de medalhas histórico do torneio, que chega, em abril, à sua 16ª edição.
A atitude das atletas em competição está sendo examinada com lupa pela comissão técnica. “O comportamento em competição é algo muito importante, sobretudo para as ginastas mais jovens. Temos atletas que já participaram do Campeonato Mundial Juvenil, e estão construindo uma história que acompanhamos em detalhe. Precisamos conhecer as reações, o comprometimento, a postura”, disse Porath.
Por reunir muitas ginastas juvenis, o intercâmbio de informações é fundamental a esta altura. “Temos muitas atletas juvenis (12 a 15 anos), que estão em idade escolar. Precisamos saber quais delas podem treinar em dois períodos, e conversar para saber as rotinas dos clubes, o calendário deles. Nossa ideia é sempre otimizar o calendário, fazendo de nossas competições nacionais seletivas para formação das Seleções Brasileiras que competirão internacionalmente”, assinala Porath. “Por essas e por outras, é que esse Estágio está sendo tão importante. É oportunidade de treinos conjuntos, de conversa, de convívio. São como as bases de mais um edifício que estamos erguendo”, diz o metafórico treinador.
Foto: Divulgação/CBG